É uma viagem no tempo. São 100 anos de história que ligam a família Edmond de Rothschild a Megève. A história desse vilarejo está sendo contada numa exposição fotográfica, que inicia com a chegada da família ao Mont d’Arbois quando a baronesa de Rothschild, casada com o banqueiro Edmond James de Rothschild, conhecido como Barão Edmond de Rothschild, abre um hotel na região, acelerando rapidamente o desenvolvimento do esqui na região. A exposição permanece aberta até dia 30 de abril. A entrada é gratuita.

A mística de Megève – Um minuto ou dois é o suficiente para cair sobre o seu feitiço – o ar gelado, o tinir de uma carruagem puxada por cavalos, o correr de um riacho em cascata na montanha ou o badalar dos sinos da igreja. Se você tiver sorte, nevará flocos cintilantes caindo, transformando toda a vila em um cenário de puro encantamento.

Logo após a Primeira Guerra Mundial, Noémie de Rothschild, esposa do Barão Maurice de Rothschild, decidiu que a França deveria ter um resort de montanha para rivalizar com os da Suíça, especialmente Saint Moritz. A decisão foi inspirada, por um evento muito específico: depois de trabalhar para a Cruz Vermelha em Paris durante a guerra, Noémie foi para Saint Moritz descansar.

Certa manhã, em seu hotel palaciano, ela encontrou Gustav Krupp, o magnata alemão do aço e fabricante de armas. Naquela mesma noite, ela saiu do hotel decidida a criar “um Saint Moritz français ”.

Ela levou Trygve Smith, seu instrutor de esqui norueguês e François Parodi, um jovem campeão de esqui francês que trabalhava na recepção de outro hotel de Saint Moritz. Como Chamonix já era a província de turistas ingleses e alpinistas e esquiadores, eles vasculharam a Haute Savoie em busca de outro local, adequado para os desportistas. E eles encontraram Megève, uma pequena aldeia agrícola da Sabóia no vale do rio Arve, de frente para o Mont Blanc. Entre seus atributos estavam, altitude média, clima ameno e algumas encostas.

Em 1924, a Baronesa comprou uma antiga casa de hóspedes em uma colina com vista para a vila e a transformou no Hôtel du Mont d’Arbois. Megève foi lançada como destino do beau monde .

A Baronesa Mimi, como ficou conhecida, fez outra escolha fatídica quando contratou o arquiteto Henri-Jacques Le Même, de 28 anos, para projetar uma “casa de fazenda na montanha” para seu próprio uso. O novo “ chalet du skieur ” de três andares e telhado duplo inclinado, combina elementos de fazendas tradicionais da Sabóia com luxuosas conveniências modernas – mesmo o uso da palavra chalé foi uma inovação na época – originalmente significava apenas uma cabana de pastor, não uma casa de fazenda. Eventualmente, Le Même construiu cerca de outros 200 chalés na área, e seu projeto rigoroso estabeleceu o padrão para Megève.

A Segunda Guerra Mundial interrompeu a expansão do local, mas depois da guerra tornou-se um playground favorito para os parisienses no auge das festas do pós-guerra. Estrelas do teatro e do cinema lotaram a bela vila alpina e, na década de 1950, Megève era uma cena social tão chique que o poeta, ator e cineasta francês Jean Cocteau a apelidou de “o 21º arrondissement de Paris”.

Hoje é tão glamoroso como sempre, com 184 pistas, várias escolas de esqui de prestígio e uma série de eventos internacionais, incluindo campeonatos de Snow Polo e Snow Golf

Megève está situada a cerca de 10 km da estrada principal de Genebra a Chamonix e é uma das aldeias mais chiques que se pode encontrar. Existem três áreas principais de esqui; Mont D’Arbois, Rochebrune e Le Jaillet, que oferecem 325 km de pistas e são servidos por 88 elevadores.

Megève é ​​grande o suficiente. Com o resort sendo relativamente baixo, grande parte das pistas está em belas encostas arborizadas com vistas espetaculares do Mont Blanc. Uma característica particular é ​​que fora do pico das férias francesas, as pistas estão desertas e você esquia direto para os teleféricos. Há uma grande variedade de restaurantes de montanha.