Todos os esquiadores antes do século 21 se lembrarão da época em que os teleféricos eram pouco mais de quatro ferros presos a um cabo. Não havia capuzes para protegê-lo das intempéries e você tinha que correr para subir na cadeira porque o termo “desengatável” não existia. A maioria dos veteranos até se lembrará de que os teleféricos não tinham racks de esqui ou barra de segurança.

Lift em Snowking, na cidade de Jackson, no Wyoming.

Sim, como se ouve, entre os anos 50, 70 e até os anos 80, a barra de segurança não fazia parte do elevador das estações de esqui. E os lifts também funcionavam no verão como atração turística.

Pode-se dizer que a ausência da barra de segurança não interfere no funcionamento ou objetivo principal dos lifts, que é permitir que os esquiadores se sentem na cadeira e, alguns minutos depois, desembarquem nas pistas de esqui com facilidade.

Hoje, os teleféricos não seriam compreendidos sem esta barra. Por lei, eles não teriam permissão para operar e, em qualquer caso, muitos hesitaram em embarcar.

Não em vão, a queda de esquiadores dos teleféricos é algo que ocorre, mesmo com todas as medidas de segurança, e pode ter consequências graves. Normalmente, a culpa costuma ser do usuário que, por descuido ou desconhecimento, sobe mal na cadeira ou carrega mal os bastões presos ou até mesmo o simples hábito de usar uma mochila nas costas.

Agora imagine se, a tudo isso, acrescentarmos que não há impedimento que nos proteja de cair no vazio… Impensável, certo? Bem, as imagens mostram que foi possível e que as pessoas subiram, embora seja verdade que de acordo com a perspectiva das fotos a sensação de perigo é muito maior.

Clique aqui e assista ao video de inauguração do lift que liga Lleida a Baqueira Beret, na Espanha, em 1964. (fonte: Lugares de Nieve)