Quando a noite cai, uma vez que uma área de esqui foi esvaziada, ele “sobe ao palco” para comando de sua impressionante máquina, a snowcat. São dez toneladas de ferro que esse artista controla com a ponta dos dedos usando um joystic. E olhos cravados na pista.

Na cabine bem aquecida desse veículo especialmente projetado para se mover na neve e em terrenos acidentados, ele está só mas permanece em contato permanente com seus outros colegas na montanha. Como ele, todos partem nas encostas das 17h30 às 1h30, depois outra equipe assume até às 9h. A fala é rara, o gesto é preciso, tudo perfeitamente dominado. É preciso frear, alisar, nivelar o terreno, trazer de volta a neve, preencher os buracos e deixar cada pista o mais bonito possível para a manhã seguinte.

Não é apenas necessário dominar todos os detalhes técnicos deste tipo de máquina, mas também e acima de tudo, conhecer bem o terreno e a neve. “Nosso inimigo é o nevoeiro”, explica Luke Cartin, gerente de Assuntos Ambientais de Vail Mountain. “Um snowcat pode virar por falta de visibilidade”, afirma Cartin.

Vistas deslumbrantes da montanha – Mas quando o clima está bom, a vista dos picos é de tirar o fôlego e o passeio passa a ter a aparência de um verdadeiro privilégio. A cabine oferece uma vista panorâmica das montanhas e do céu estrelado. Só a fauna circundante às vezes vem interromper a solidão das encostas. Lebres, alces e principalmente raposas habitam as matas que margeiam as pistas. Às vezes, sua presença passa despercebida. Mas na hora de descer e subir, a neve recém-alisada já traz os traços de sua passagem.

Acompanhe o trabalho destes artistas clicando aqui !