OS NOVE PRINCIPAIS PAÍSES QUE IMPULSIONAM A INDÚSTRIA GLOBAL DE ESQUI

A indústria global de esqui continua sendo um dos setores mais resilientes e valiosos do turismo, ancorada em apenas nove nações que dominam o número de visitas de esquiadores, o investimento em infraestrutura e o apelo internacional. De acordo com o relatório de 2025 de Laurent Vanat e dados da NSAA e da FIANET, mais de 366 milhões de visitas de esquiadores foram registradas em todo o mundo durante a temporada de inverno de 2023-24. Apesar da volatilidade climática, dos desafios cambiais e do envelhecimento dos mercados domésticos, o negócio da neve não está desacelerando — está evoluindo. A seguir, apresentamos os nove principais países que são destinos de esqui, moldando a economia global da neve e definindo o futuro do setor.

#9 Suécia — 10,5 milhões de visitas de esquiadores

A Suécia representa a fronteira norte do crescimento do esqui. Com mais de 200 resorts e um mercado interno estável, está atraindo a atenção renovada de investidores europeus e modelos de turismo resilientes às mudanças climáticas. Resorts como Åre, Sälen e Idre Fjäll estão posicionando a Suécia como uma alternativa com neve garantida aos Alpes. O número de visitantes estrangeiros permanece modesto, em 15%, mas espera-se que aumente à medida que operadores internacionais vislumbram o potencial de longo prazo da Escandinávia.

#8 Canadá — 17,5 milhões de visitas de esquiadores

O turismo de esqui no Canadá é um pilar fundamental de sua economia de inverno, que movimenta mais de 100 bilhões de dólares. Embora os números do ano passado tenham apresentado uma leve queda, o mercado permanece robusto, impulsionado por ícones globais como Whistler Blackcomb e Banff. Com cerca de 12% das visitas vindas do exterior — principalmente dos EUA — o Canadá continua atraindo viajantes que buscam custo-benefício, acessibilidade e vastas áreas selvagens. Para os operadores, o desafio permanece: equilibrar preços acessíveis com investimentos em infraestrutura em meio ao aumento dos custos.

#7 China — 23,1 milhões de visitas de esquiadores

Nenhum mercado está se transformando mais rápido do que o da China. Impulsionado por políticas governamentais, pelo legado olímpico e pela rápida expansão de centros de esqui indoor, o setor de neve da China está crescendo a uma velocidade sem precedentes. Trinta novos resorts foram inaugurados somente no ano passado, metade deles em ambientes fechados. A questão crucial é a sustentabilidade — a taxa de retenção de esquiadores permanece baixa, com até 70% dos praticantes sendo iniciantes. No entanto, o potencial de longo prazo do mercado é incomparável, com uma classe média emergente ávida por lazer e recreação de inverno.

#6 Suíça — 23,1 milhões de visitas de esquiadores

A Suíça, berço do turismo de esqui moderno, enfrenta o desafio de manter seu status de destino premium enquanto compete com seus vizinhos mais acessíveis. Apesar da queda em relação ao pico de 35 milhões de visitantes há duas décadas, a marca suíça ainda goza de prestígio global. Turistas internacionais de alto poder aquisitivo, vindos da Alemanha, dos EUA e do Reino Unido, continuam a sustentar um modelo voltado para o luxo, que prioriza a qualidade em detrimento da quantidade. A valorização do franco suíço permanece tanto um ponto forte quanto um obstáculo.

#5 Japão — 24,4 milhões de visitas de esquiadores

A neve em pó do Japão continua lendária, assim como seu fascínio para os mercados internacionais. Resorts em Hokkaido e Honshu se tornaram ícones globais, especialmente entre australianos e norte-americanos. Embora a participação de turistas nacionais esteja diminuindo devido a mudanças demográficas, o crescimento do turismo receptivo mantém o setor saudável. A oportunidade de negócio agora reside em equilibrar a cultura local autêntica com um turismo sustentável e respeitoso, enquanto o Japão enfrenta o excesso de turismo em algumas regiões.

#4 Itália — 32 milhões de visitas de esquiadores

A Itália, discretamente, tornou-se a potência emergente do esqui na Europa. Com 54% de seus visitantes estrangeiros — a maior porcentagem global —, a Itália se beneficia de preços competitivos, luxo acessível e uma crescente conexão com produtos de passes norte-americanos, como Epic e Ikon. Os investimentos de longo prazo em Dolomiti Superski e Cortina d’Ampezzo estão dando frutos, tornando a Itália a nova queridinha do mercado europeu de viagens de esqui.

#3 Áustria — 50,1 milhões de visitas de esquiadores

A Áustria continua sendo o coração do turismo de esqui europeu. Com 77% das estadias em hotéis de inverno provenientes de turistas estrangeiros e mais de € 6 bilhões investidos em infraestrutura de teleféricos na última década, o país é um modelo de eficiência e marketing internacional. A Alemanha continua sendo o principal fornecedor de visitantes, mas o número de turistas americanos está crescendo rapidamente. A capacidade da Áustria de combinar tradição e tecnologia — teleféricos aquecidos, produção automática de neve artificial e extensas redes de hospedagem — a mantém no topo.

#2 França — 51,9 milhões de visitas de esquiadores

A França supera a Áustria e conquista o segundo lugar, impulsionada pelos enormes domínios de esqui de Les Trois Vallées e Paradiski. Uma forte base de turistas nacionais responde por 70% das visitas de esquiadores, mas o fluxo internacional — especialmente dos EUA — está crescendo rapidamente. A operadora global Compagnie des Alpes administra muitos dos maiores resorts do país, reforçando a posição da França como o mercado de esqui mais corporativo e globalmente conectado da Europa.

#1 Estados Unidos — 60,5 milhões de visitas de esquiadores

Os Estados Unidos continuam sendo o líder incontestável em número de visitantes esquiadores no mundo. Com 95% de participação nacional, a indústria de esqui americana é impulsionada pela consolidação, pela economia dos passes de temporada e por uma diversidade incomparável de terrenos — das Montanhas Rochosas à Nova Inglaterra. O modelo de negócios pioneiro da Vail Resorts e da Alterra Mountain Company continua a influenciar as estratégias globais de preços e acesso. Embora o número de visitantes tenha diminuído ligeiramente em relação aos seus recordes históricos, a economia do esqui nos EUA permanece a mais poderosa do planeta.

Visão Global – Juntos, os EUA, a França e a Áustria representam 44% de todas as visitas de esquiadores no mundo, o que evidencia a concentração de riqueza e infraestrutura no mercado ocidental. Mas o futuro será cada vez mais influenciado por regiões emergentes como a China e a Escandinávia, onde o potencial de crescimento supera a maturidade.

A demografia e o clima impulsionarão a próxima década de mudanças. À medida que a geração Baby Boomer envelhece e continua a esquiar por mais tempo, e as gerações mais jovens buscam viagens sustentáveis ​​e com foco em experiências, a economia global do esqui está preparada para a transformação, e não para o declínio. (fonte: skitheworld)

 

10 de novembro de 2025, por Equipe ExpoSKI