A neve chegou tarde à cordilheira dos Andes, mas chegou. E o fez de forma copiosa, o que provocou a reação dos centros de esqui do Chile e da Argentina, alguns dos quais recuperaram uma temporada que consideravam perdida, enquanto outros decidiram não aproveitar a ocasião.

São as duas faces da mesma moeda, cujos principais expoentes são Portillo e Las Leñas. Enquanto a estação chilena abriu neste sábado pela primeira vez em quase dois anos, as pistas argentinas permanecerão fechadas apesar das demandas do setor turístico e dos muitos visitantes que subiram às instalações de Mendoza para desfrutar da neve recém-caída.

Portillo não abriu na temporada passada devido à pandemia covid-19 e ainda não abriu neste inverno devido à falta de neve. Vários resorts no Chile e na Argentina fizeram o mesmo, mas como Portillo depende fortemente do turismo, não parecia viável abrir enquanto as fronteiras internacionais permanecessem fechadas.

No início de agosto, eles até anunciaram que se resignaram a não abrir esta temporada também.

Em post no Facebook, resort avisou que estariam abertos neste fim de semana, embora apenas para residentes.

Do outro lado da fronteira, Las Leñas permanece fechada, embora as redes sociais tenham se enchido de fotos com as montanhas cobertas de neve e, sob o lema “Vamos salvar Las Leñas”, o povo de Mendoza lançou uma campanha para o resort abrir suas portas.

De fato, a gestão de Las Leñas permitiu neste fim de semana uma descida do seu centro de esqui, Eros 1, na base do complexo situado a 2.220 metros, depois que a Câmara Municipal de Malargüe solicitou formalmente à empresa que considerasse a possibilidade de abrir algumas áreas ” tendo em conta que o turismo é uma atividade de grande impacto e relevância pelo seu impacto no desenvolvimento do nosso departamento”.

No entanto, ao entrar no site oficial de Las Leñas, ainda existe um comunicado afirmando que a estação permanece fechada e não abrirá nesta temporada.